O candidato a presidente da República, Ciro Gomes (PDT), afirmou que a emenda 95, a do teto dos gastos, é uma “selvageria”.
“O Brasil precisa revogar uma emenda, chamada 95. Sem nenhuma discussão, essa turma que nos governa sem autorização popular proibiu a expansão do investimento em saúde, educação, segurança e tudo mais que interessa ao povo por 20 anos. Em um país em que nasce 3 milhões por ano, você pode ver o tamanho da selvageria que é essa emenda 95”, declarou.
O candidato do PDT fez campanha na manhã deste sábado em Belo Horizonte, caminhando com apoiadores pelo Aglomerado da Serra, complexo de favelas da capital mineira.
“Mais de 50% do orçamento brasileiro, escondido do povo, é entregue para especulação financeira, juro e rolagem de dívida para meia dúzia de banqueiros abastados. É isso que comigo vai mudar para que haja dinheiro para aquilo que interessa: educar o nosso povo, dar saúde à família brasileira, prevenir a violência que hoje assusta toda a nossa sociedade”, disse Ciro Gomes.
A emenda 95 foi uma criação de Temer e Henrique Meirelles para fazer ajuste fiscal, isto é, arrochar mais ainda o povo brasileiro. Algo parecido já tinha sido planejado no governo de Dilma Rousseff. Dilma Planejava congelar os gastos por mais anos ainda. Infelizmente, parece que o economista de Ciro, Benevides Filho, também quer fazer ajuste fiscal.
Ciro também disse que pretende já no primeiro ano de governo criar dois milhões de empregos por meio da construção civil e obras de saneamento.
“O meu programa de governo tem um compromisso, em função do emprego, com gerar 2 milhões de empregos já no primeiro ano. E o único setor que pode fazer isso, antes das reformas que o país precisa de uns seis meses pelo menos para fazer, é a construção civil. Moradia popular e saneamento básico e obras de infraestrutura”, disse.
Ciro não explicou quais “reformas” de “seis meses” são essas que o Brasil precisa.