O ex-ministro Ciro Gomes, que foi candidato a presidente da República pelo PDT, criticou a fala do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho de Bolsonaro, que em seu Twitter disse querer que o grupo palestino Hamas “se exploda”.
“O Senado tem que levar este irresponsável à comissão de ética! Este mentecapto, filho de um presidente totalmente despreparado, prejudica o Brasil em 2 frentes: o comércio exterior (mundo árabe compra mais de U$ 10 bi de proteínas) (empregos); e a paz interna”, afirmou através de suas redes sociais.
Após o anúncio feito por Jair Bolsonaro de que o Brasil vai abrir um escritório de negócios em Jerusalém, o Hamas afirmou que “essa política não ajuda a estabilidade e a segurança da região e ameaça os laços do Brasil com países árabes e muçulmanos”.
Através do Twitter, Flávio respondeu: “Quero que vocês se EXPLODAM!!!”. Após uma enxurrada de críticas, Flávio Bolsonaro apagou o post.
Coaf
O Conselho de Controle e Acompanhamento Financeiro (Coaf) flagrou movimentações financeiras suspeitas do ex-motorista e de Flávio Bolsonaro, o ex-policial Fabrício Queiroz, que chegaram a R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. De 2014 a 2017 o valor chegou a R$ 7 milhões.
Até agora, o filho de Bolsonaro não esclareceu as denúncias de que Queiroz é um laranja seu para recolher salários de funcionários de seu gabinete quando era deputado na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
O Coaf também identificou movimentações suspeitas na própria conta de Flávio Bolsonaro. Ele fez 48 depósitos na sua conta no valor de R$ 2.000 cada uma, totalizando R$ 96 mil, numa agência do banco Itaú na Alerj.
Pesa ainda sobre Flávio Bolsonaro a sua ligação com milicianos. Ele fez vários discursos e homenagens a milicianos.
O gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) empregou a mãe (Raimunda Veras Magalhães, de 68 anos) e a esposa (Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega ) do ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de ser o chefe do ‘Escritório do Crime’, grupo de assassinos de aluguel ligado à milícia e investigado pela morte da vereadora Marielle Franco.
Conhecido como “Capitão Adriano”, o ex-PM é considerado foragido.
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