Em um debate nesta quarta-feira (27), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o ministro de Bolsonaro, Paulo Guedes (Economia), afirmou que “os encargos sociais e trabalhistas são armas de destruição em massa de empregos”.
“Para cada brasileiro empregado, um tem que ficar desempregado porque os encargos e custos valem por dois. Temos 46 milhões de desempregados por causa desse custo enorme”, disse Guedes, falando sobre a situação fiscal dos estados.
Para ele, não é a recessão e a política de ajuste fiscal na economia que destrói os empregos. São os direitos trabalhistas e as proteções sociais aos trabalhadores, na opinião dele.
Por esse seu raciocínio, provavelmente, o melhor dos mundos para Guedes é o trabalhador não receber salário e nem ter direito nenhum para não ocasionar custos.
Sua linha de raciocínio continuou ao culpar “os gastos com pessoal e inativos” como responsáveis pelo estrangulamento das finanças dos estados.
Segundo o ministro de Bolsonaro, não são os gastos com o pagamento exorbitante de juros que arrocham as finanças estaduais, mas o mal é pagar aos inativos e aos servidores públicos, condição básica para existir serviço público.