Para o presidente da Confederação dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do Brasil (COBAP), Warley Martins, a nova proposta de reforma da Previdência, proposta pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e pelo economista Paulo Tafner ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), consegue ser pior do que a PEC 287, que o governo Temer apresentou ao congresso nacional.
Warley explica que além de reduzir o valor mínimo do benefício, a proposta de Fraga e Tafner “desconsidera as diferenças exorbitantes de trabalho entre homens e mulheres, que ainda hoje encaram jornadas duplas de trabalho, e dos trabalhadores rurais, que se expõem a condições físicas de trabalho exaustivas”, afirmou o dirigente.
O representante dos aposentados criticou também outro item da proposta dos economistas que prevê o índice de reajuste dos benefícios apenas pela inflação, o que significaria que o aposentado não terá ganho real em suas aposentadorias. “A COBAP luta há anos contra a perda do poder de compra dos aposentados, que é resultado dessa desigualdade de reajuste entre o salário mínimo e o benefício. Se aprovar essa proposta, o futuro governo atesta que quer cobrar do trabalhador brasileiro toda a crise advinda da corrupção e má gestão da previdência, que comprovadamente, não é deficitária”, afirmou Warley.