O deputado federal Renildo Calheiros (PE), líder do PCdoB na Câmara, afirmou que “não basta a mudança do ministro” para melhorar o combate ao coronavírus, “é preciso a mudança da política de Saúde”.
“Esperávamos que hoje [terça-feira,16] o novo ministro dissesse como vai enfrentar a Covid, como vai imunizar a população que está desesperada. O ministro precisa dizer o que vai fazer para conter esse número gigantesco”, cobrou o líder da bancada do PCdoB.
Renildo disse que Bolsonaro “novamente erra na gestão da maior crise sanitária deste século. Ele preferiu fazer uma escolha pessoal e isolada, fiel à sua política de saúde equivocada, em vez de optar por um nome técnico capaz de levar o Brasil a vencer o coronavírus”.
“O governo Bolsonaro não pode se permitir errar mais. Já são mais de 279 mil vidas perdidas, sendo que muitas poderiam ter sido salvas se houvesse comprometimento governamental”, disse. “Não temos mais tempo para incapacidade e paralisia”, completou.
O novo ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga, quarto desde o começo da pandemia, já anunciou que dará “prosseguimento” à política de seu antecessor, Eduardo Pazuello, que deixa o cargo com a marca tenebrosa de mais de 280 mil mortos por Covid-19 no país.
A política de Pazuello foi, a mando de Jair Bolsonaro, sabotar as medidas de isolamento social e atrasar ao máximo a compra de vacinas. Mais de um mês depois do começo da vacinação, apenas menos de 5% da população receberam o imunizante.
Segundo anunciou Marcelo Queiroga, a “política” de vacinação continuará sendo a mesma. “A política é do governo Bolsonaro. A política não é do ministro da Saúde. O ministro da Saúde executa a política do governo”, disse.
“O ministro Pazuello tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil e eu fui convocado pelo presidente Bolsonaro para dar continuidade a esse trabalho”, continuou o novo ministro da Saúde de Bolsonaro.