Centenas de pessoas compareceram ao sepultamento do corpo do soldado João Maria Figueiredo, 37 anos, enterrado na tarde do sábado (22). O policial militar do Rio Grande do Norte foi assassinado no final da tarde da sexta-feira (21), em São Gonçalo do Amarante, Região Metropolitana de Natal.
Figueiredo é fundador do grupo “Policiais Antifascismo” no Rio Grande do Norte. A moto em que o policial estava e seus documentos ficaram no local do crime. Apenas a arma foi levada pelos bandidos.
Ainda não é certa a motivação do crime, mas de acordo com a PM, dois homens a pé abordaram Figueiredo, quando o mesmo passava de motocicleta. Ele tentou fugir, mas foi acertado pelos disparos. A característica do crime, de acordo com os policiais, é de execução.
Figueiredo atuava como segurança voluntário da governadora eleita do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).
O policial ingressou na instituição no ano de 2009 e atualmente estava lotado no pelotão da PM do município de Taipu. O crime está sendo investigado pela comissão de quatro delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil.
Ainda por meio de nota, a Polícia Militar lamentou pela morte do soldado Figueiredo, e disse que, “apesar do sentimento de luto, os integrantes da Polícia Militar não estão medindo esforços para levar os responsáveis à Justiça”.
Figueiredo, além de fundador do movimento dos Policiais Antifascismo, era ligado a movimentos sociais. Em março deste ano, o policial participou do Fórum Social Mundial realizado em Salvador como palestrante da mesa em que o tema era violação dos direitos humanos nas corporações e falou sobre o risco de vida que poderia passar. “Antes foi a Dorothy (Stang, missionária), ontem foi a Marielle, amanhã pode ser eu”, declarou.