O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou que a legenda apoiará Lula, de forma unânime, na disputa do segundo turno contra Jair Bolsonaro: “derrotar Bolsonaro tem que ser uma causa nacional, uma causa da pátria, dos democratas”.
“O Bolsonaro representa o atraso do atraso do atraso desse país. Um aspirante a ditador, malversador do dinheiro público, um homem da falsa fé cristã”.
“Nós não admitimos nenhum pedetista apoiando Bolsonaro”, acrescentou.
Lupi convocou uma coletiva de imprensa para a tarde de terça-feira (4), na qual disse que o PDT não compactua com as ameaças golpistas de Bolsonaro.
O candidato do partido, Ciro Gomes, terminou a disputa em quarto lugar com 3,5 milhões de votos, representando 3% do total. Agora, “somos a candidatura do 12+1”, brincou Lupi, fazendo referência ao número de Ciro nas urnas e o de Lula.
Segundo o presidente do PDT, Ciro Gomes estava presente na reunião e “endossa integralmente a decisão do partido”.
O PDT e o PT combinaram pela incorporação de três propostas da campanha de Ciro na candidatura de Lula: o programa para negociar dívidas das famílias e limpar os nomes no SPC e Serasa, o programa de renda mínima “Eduardo Suplicy”, de mil reais mensais, e o projeto de educação em tempo integral.
Carlos Lupi anunciou que o partido também apresentará para o PDT a proposta do “código nacional do trabalho. Para nós é fundamental, somos um partido trabalhista. O PT tem a mesma visão, que é da defesa dos trabalhadores. [É a ] Revogação de tudo que tenha prejudicado o trabalhador brasileiro”.
Questionado pelos jornalistas sobre as discussões entre Ciro e Lula durante o primeiro turno, Lupi lembrou das feitas entre Brizola e Lula na campanha presidencial de 1989. “Não impediu Brizola de estar com Lula na campanha” do segundo turno, disse.
Carlos Lupi disse que Lula representa “uma aproximação maior com nosso ideário”, mas, “principalmente, um ‘não’ muito grande ao Bolsonaro”.
Para ele, o segundo turno está entre duas candidaturas completamente diferentes: “de um lado o Lula, que é um democrata. Do outro, um aspirador a ditador, que é o Bolsonaro”.
“O que está em jogo agora são as quase 700 mil vidas que se perderam pela omissão criminosa do atual presidente. Eu perdi amigos e familiares para a Covid. Nós temos que lembrar todo dia, porque esse sofrimento não pode ficar impune”, apontou.
Carlos Lupi afirmou que “derrotar Bolsonaro tem que ser prioridade absoluta. Derrotar Bolsonaro tem que ser uma causa nacional, uma causa da pátria, dos democratas”.