O salário dos aposentados e pensionistas teve uma perda gigantesca de 84,52% no período de setembro de 1994 até janeiro de 2018. O estudo, feito pela Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionista (COBAP), aponta as perdas relacionadas com o reajuste anual do salário mínimo e a correção dos salários de aposentados e pensionistas que ganham acima do piso, reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O período do governo Lula foi onde se teve o maior índice de perda dos salários dos aposentados e pensionistas, chegando a 42,61%. No governo FHC essa defasagem chegou a 26,60%. No governo Dilma esse índice foi menor (15,67%), mas tiveram um aumento da dificuldade para se ter acesso aos direitos previdenciário e ao seguro desemprego com as medidas das PL 664 e 665, transformadas em lei em 2015.
A entidade pontua que as necessidades dos aposentados estão para além da simples reposição inflacionária, pois estes tem maiores necessidades que a população mais jovem, como por exemplo com a compra de medicamentos. “Enquanto o salário mínimo vem crescendo de maneira sustentável, os proventos dos aposentados e pensionistas são achatados. Diante disso, vivem num processo contínuo de endividamento porque o seu custo de vida é superior à inflação divulgada pelo Governo”, diz a COBAP em nota.