O ex-governador Márcio França (PSB), candidato à Prefeitura de São Paulo, anunciou nesta sexta-feira (20), em suas redes sociais, que não vai apoiar nem Bruno Covas (PSDB) e nem Guilherme Boulos (PSOL) na disputa do segundo turno. “Permaneceremos neutros na eleição do 2º turno em São Paulo”, escreveu no Twitter e no Facebook.
“Não faço o que não estou convencido. Nem meus eleitores. Não aceito empurrões. Eleições passam e chegam outras. Estaremos prontos, sempre”, publicou o ex-governador na rede social, ao responder aos pedidos de seu partido para que apoiasse Guilherme Boulos.
França, que no primeiro turno se confrontou tanto com Bruno Covas (PSDB) quanto com Guilherme Boulos (PSOL), disse que reconhece méritos importantes nos dois candidatos, mas não faz “o que não está convencido”. “Estamos certos que aqueles mais de 728 mil cidadãos, que pensaram como eu, e que deram o seu voto ao nosso projeto para dirigir a capital, saberão escolher analisando os perfis dos candidatos”, afirmou França.
Em um episódio durante a campanha do primeiro turno, Boulos acusou Márcio de não se importar com a violência contra a mulher. A crítica foi baseada numa frase dita por Márcio França em 2018, e tirada do contexto. Boulos chegou a dizer que isso explicava porque Márcio estaria se aproximando de Bolsonaro.
À época em que defendeu sua proposta, França argumentou que não haveria a necessidade de que fossem unicamente policiais armados a serem acionados em caso de conflitos familiares e de vizinhança. Ele defendia a criação de patrulhas especiais para tratar dos conflitos envolvendo violência contra as mulheres. Boulos transformou isso num ataque oportunista a França que chamou a fala de Boulos de uma “fake news”.