“Vemos no programa do candidato Gabriel Boric abertura ao futuro, maneira de criar uma nova economia que cumpra com ambiciosas metas. Seus objetivos são viáveis e ajudam a sustentar os valores democráticos. É uma estratégia moderna para mobilizar uma agenda produtiva dinâmica e sustentável, capaz de alcançar crescimento, equidade e desenvolvimento”.
Esta é a afirmação do manifesto de cinco reconhecidos economistas de todo o mundo em apoio ao candidato da Frente Ampla à presidente do Chile, Gabriel Boric: Thomas Piketty (autor de “O Capital no Século 21”); Joseph Stiglitz (Prêmio Nobel de Economia de 2011); José Antonio Ocampo, ex-diretor executivo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL); Mariana Mazzucato, professora da University College London; e Ha-Joon Chang, professor de Cambridge.
A “Mensagem de economistas internacionais ao povo chileno” assegura que “a decisão que enfrentam os chilenos esta semana não é uma simples eleição”, pois se trata de um momento “crucial”. “Se trata de uma encruzilhada entre retroceder ou avançar e temos considerado suficientemente importante o momento como para expressar publicamente nossa opinião a respeito”, destacam.
BORIC NÃO SE ENCONTRA COM O 3º COLOCADO, PARISI
Apesar da disputa com Kast estar bastante acirrada, na noite de domingo, dia 12, o candidato Boric recusou-se a conceder entrevista no programa de TV “Bad Boys” apresentado por Franco Parisi que, candidato pelo PDG (sigla do Partido de la Gente), ficou na terceira colocação no primeiro turno das eleições presidenciais chilenas.
Na semana anterior, o adversário de Boric no primeiro turno, José Antonio Kast, participou do mesmo programa.
A justificativa de Boric para não participar foi de que Parisi se foi aos Estados Unidos para não pagar dívidas de pensão alimentícia e a uma imobiliária.
A decisão de Boric aconteceu apesar de lamentar que, se atendesse ao chamado de Parisi, poderia contatar com “muitos expectadores, veria muita gente” mas que “na vida a pessoa deve se guiar por princípios”.
