
O PL, partido de Jair Bolsonaro, anunciou que o Google e a Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp) participarão de seu Seminário de Comunicação, que será realizado no fim de maio.
Além de serem divulgados como “apoiadores” do evento, as empresas enviarão representantes para participar das discussões junto das lideranças bolsonaristas.
Segundo divulgou o próprio partido, o evento “reunirá importantes nomes do PL e da direita, além de representantes das big techs Meta e Google”.
A presença do ex-presidente Jair Bolsonaro também foi confirmada no Seminário, que ocorrerá no dia 30 de maio em Fortaleza (CE).
As duas empresas, assim como as lideranças bolsonaristas, estão engajadas na campanha contra a regulamentação das redes sociais no Brasil.
Em 2023, o Google colocou em sua página principal artigos falando que a regulamentação pode “piorar a sua internet” ou “aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira”, no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados poderia votar a matéria.
A empresa só recuou quando foi anunciada uma multa de R$ 1 milhão por hora de descumprimento caso não retirasse do ar o artigo que mentia sobre a legislação que estava sendo discutida.
Já a Meta enviou representantes para a Câmara dos Deputados durante os debates acerca do Projeto de Lei de Combate às Fake News (PL 2.630/20) para fazer lobby contra a regulamentação.
Nos Estados Unidos, as chamadas big techs, como Google, Meta e X (antigo Twitter), se aliaram ao governo de Donald Trump e excluíram políticas de verificação de conteúdo.
Infelizmente, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) ofereceu a elas uma isenção total de impostos caso instalassem centros de processamento de dados no país. O ministro jura que os investimentos das empresas poderiam alcançar R$ 2 trilhões em dez anos, mas não explicou o cálculo.
Ao mesmo tempo em que propõe a isenção às big techs, Haddad já está planejando os cortes no orçamento federal que vai realizar para que seja cumprida sua meta de déficit zero.