No dia seguinte à eleição de Bolsonaro, um grupo de seus apoiadores resolveu realizar um ato dentro do campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com o evento “Marcha do Chola Mais”, o plano dos bolsonaristas era de realizar uma passeata com apoiadores por toda a universidade, saindo do prédio da Faculdade Politécnica em direção ao prédio da História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFLCH). A ‘Marcha’, no entanto, contou com baixa adesão e reuniu 20 pessoas, nenhum deles era estudante da universidade.
No mesmo horário do ato bolsonarista, ocorria uma assembleia convocada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) no prédio da FFLCH, onde participavam mais de 1.000 alunos da USP. Ao término da assembleia, os estudantes, em conjunto com professores e servidores da USP, que se somaram ao ato, saíram em caminhada pelas ruas da universidade. O ato em “defesa da democracia e contra o fascismo” durou cerca de duas horas foi encerrado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU).
Após tomar conhecimento dos protestos, a Polícia Militar enviou 40 homens para acompanhá-los. Segundo os policiais, ao se deparar com o grupo pró-Bolsonaro, a recomendação dada foi a de não realizar a caminhada.
Deputado estadual, eleito pelo PSL, Douglas Garcia falou durante o encontro e reclamou que universitários de direita são intimidados na USP. Ele disse ainda que apoiará o projeto Escola sem Partido na Assembleia Legislativa de São Paulo. Outros manifestantes chegaram a pedir a privatização da USP ou que mensalidades fossem cobradas.