A mobilização dos policiais federais por reajuste salarial e reestruturação de carreira com protestos e recrudescimento de operações em aeroportos, portos e alfândegas cresce em todo o país, segundo informações das entidades representativas da categoria.
Com a decisão da Assembleia Geral Extraordinária realizada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), no último dia 19, de a categoria demonstrar sua insatisfação com mais trabalho, cresceu a movimentação de fiscalização em portos e aeroportos e protestos ocorreram em frente a superintendências regionais em diversos estados.
Segundo a Fenapef, dessa forma, “os agentes federais trabalham para conscientizar a população sobre a importância do trabalho de Polícia Administrativa da Polícia Federal”.
Na quarta-feira (25), houve recrudescimento dos trabalhos de checagem de malas no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). O mesmo aconteceu no Pará, nas cidades de Marabá, Santarém e no aeroporto de Belém. “Os policiais federais exibiram faixas e cobravam as promessas descumpridas sobre reestruturação da carreira e correção salarial”, informa a entidade.
O Sindicato dos Policiais Federais do Rio de Janeiro disse que a ação teve apoio dos passageiros. Segundo o sindicato, uma delas foi a técnica administrativa aposentada Cássia Ribeiro. “Como servidora pública, eu apoio qualquer movimento que traga melhoria na prestação de serviços para a sociedade. A Polícia Federal tem o seu valor, passa respeito para a sociedade e a gente acredita no trabalho dos policiais”, disse ela.
Novas ações de fiscalização em áreas estratégicas de atuação da PF estão sendo programadas para os próximos dias.
“A categoria teve significativas perdas, como desamparo à família do policial morto em serviço; redução real do salário, ante o aumento da alíquota da contribuição previdenciária; trabalho em regime de sobreaviso não remunerado ou compensado; diárias cujos valores não pagam todos os gastos do policial com hospedagem, alimentação e transporte durante a missão, tendo o servidor que custear o restante com o próprio salário”, diz nota da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF).