O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tornou privadas todas as suas redes sociais por conta de “movimentação atípica” após publicação criticando o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
As contas não saíram do ar, apenas ficaram “privadas” e de acesso exclusivo dos que seguem Pacheco.
Os perfis do senador ganharam centenas de seguidores em poucos minutos, e foram alvos de ataques em massa da milícia de Bolsonaro na internet.
Na segunda-feira (29), Pacheco fez uma publicação defendendo a senadora Kátia Abreu (PP-TO) contra as acusações feitas pelo ministro Ernesto Araújo pouco antes de pedir demissão.
Araújo insinuou que Kátia Abreu estava fazendo lobby para empresas chinesas na tecnologia 5G. Segundo ele, Kátia Abreu lhe disse que ele poderia se tornar o “rei do Senado” se agisse no caso da 5G.
Para Pacheco, “a tentativa do ministro Ernesto Araújo de desqualificar a competente senadora Kátia Abreu atinge todo o Senado Federal. E justamente em um momento que estamos buscando unir, somar, pacificar as relações entre os Poderes. Essa constante desagregação é um grande desserviço para o país”.
Essa publicação no Twitter teve 24 mil comentários e 2,7 mil retuítes, enquanto as outras normalmente têm 3 mil comentários e 200 retuítes. A maioria são comentários contra a senadora Katia Abreu.
A assessoria de Pacheco optou por “fechar” as contas nas redes temporariamente para investigar a “movimentação atípica”.