O ex-governador Márcio França (PSB), pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSB, afirmou que PT e PSB devem ter uma candidatura única na disputa pelo governo estadual.
“Trabalho para uma candidatura única, é o ideal”, disse França em entrevista no domingo (13) à rádio CBN.
As duas siglas avançam nas negociações sobre a formação de uma federação de partidos, que deve envolver também o PCdoB e o PV. Conforme lei aprovada no Congresso Nacional, a federação tem abrangência nacional e caráter permanente por um período mínimo de união entre os partidos de quatro anos.
Com relação à disputa do governo paulista, o acordo sobre uma candidatura única vem sendo costurado em diversas reuniões que ocorreram nos últimos dias. As lideranças partidárias trabalham ainda para tentar atrair o pré-candidato do Psol, Guilherme Boulos, para a aliança.
Matéria no jornal “Valor” informa que, no domingo, França esteve com o ex-governador Geraldo Alckmin, que deve se filiar ao PSB para ser vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência.
Na sexta (11), Alckmin, Lula e o ex-prefeito Fernando Haddad – pré-candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes – participaram de um jantar na capital paulista. Após as conversas, o ex-governador voltou a dizer que as negociações para lançar a candidatura única prosseguem.
Segundo Márcio França, o critério para escolha do candidato em São Paulo foi selado em dezembro, depois do encontro promovido por juristas em homenagem a Lula e Alckmin.
O acerto se deu em uma reunião entre a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, Lula, Haddad, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e o prefeito do Recife, João Campos (PSB).
Os dirigentes combinaram que onde o PSB é governo, deverá receber apoio do PT (Pernambuco, Espírito Santo e Maranhão). Já o PSB deve apoiar o PT na Bahia, Rio Grande do Norte e Piauí, onde os petistas comandam. Nos outros Estados, como em São Paulo, prevalecerá um acordo baseado em pesquisas eleitorais.
“É uma coisa justa porque coloca todo mundo em condição de igualdade”, disse França, em entrevista à BandNews TV. Em São Paulo, o ex-governador defendeu que os dois partidos façam pesquisas internas em maio e junho para definir qual candidato tem melhores condições.