O 7º Congresso do PSol decidiu por não apresentar nenhum pré-candidato à Presidência da República e focar na luta pelo impeachment de Jair Bolsonaro.
“Não estamos entre aqueles que aceitam esperar as eleições de 2022 para livrar o Brasil de Bolsonaro. Por isso, devemos manter uma dinâmica de mobilização nas ruas e resistências que não deixe Bolsonaro chegar politicamente vivo nas eleições”, diz o partido em suas resoluções.
Setores do partido viram nessa decisão um apoio à candidatura de Lula. O ex-deputado federal e fundador do PSol, Milton Temer, criticou, em artigo no site Disparada, o que ele chamou de “subalternidade a Lula” da maioria do partido enquanto 44% queriam candidato próprio.
O partido vai realizar uma conferência no primeiro semestre de 2022 para avaliar a sua movimentação para as eleições presidenciais.
44% dos delegados do Congresso queriam que o PSol tivesse um pré-candidato próprio. Um dos nomes que se apresentou foi o do deputado federal Glauber Braga (RJ).
Ao invés de um candidato próprio, o partido optou por começar “a construção de uma frente eleitoral das esquerdas com vistas à unidade no plano nacional”.
De acordo com as resoluções do Congresso, “a prioridade, em nível nacional, deve ser a construção da unidade entre os setores populares para assegurar a derrota da extrema-direita”.
O PSol repudia os ataques à democracia e a política neoliberal do governo Bolsonaro, que aprofundaram a crise econômica no país. “Ao lado de uma conduta delirante diante do avanço do vírus, aumentaram os ataques à democracia e ameaças golpistas do presidente e do seu núcleo de apoiadores mais extremistas”.
“O legado deste período é um Brasil mais pobre, precarizado, violento e caro”.
O historiador Juliano Medeiros foi reeleito presidente do PSol.