Não bastasse o pai afrontar o país e dizer que o Ministério da Saúde e os governadores estão provocando um histeria na sociedade por conta de uma “fantasia”, agora surge o ilibado senador Flávio Bolsonaro, rei da “rachadinha”, para atacar o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara Federal, por este cobrar – até com uma certa elegância – medidas efetivas do governo em relação à crise do coronavírus.
O senador, que vem manobrando de todas a maneiras possíveis para escapar das investigações sobre os crimes de lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa praticados de dentro de seu gabinete, sob o comando de seu bate-pau Fabrício Queiroz, e de suas tenebrosas ligações com as milicias do Rio de Janeiro, inclusive com Adriano Nóbrega, afirmou que o presidente da Câmara está fazendo “ataques diários ao Executivo”.
Bolsonaro tem desrespeitado diariamente as orientações do próprio Ministério da Saúde sobre os cuidados para se evitar a propagação explosiva do coronavírus e tem demorado para tomar as medidas urgentes que o país tem que tomar contra a pandemia. Na contramão de praticamente todos os chefes de Estado pelo mundo, Bolsonaro não só não está tomando as medidas de cuidado, como está criticando os governadores e o seu próprio ministro da Saúde por fazê-lo.
Segundo Flávio Bolsonaro, que também convocou o ato fracassado contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) do dia 15 de março, Maia “afronta a democracia, gera instabilidade política e dificulta investimentos e a geração de empregos no país”. “O momento é de união!”, emendou cinicamente o chefe do Queiroz.
Desacatar a todos e estimular desanimadas aglomerações contra o Congresso, como eles dois [pai e filho] fizeram, é o que gera instabilidade política. Tanto isso é verdade que a desaprovação de Jair Bolsonaro disparou nas redes sociais, inclusive até mesmo nas redes bolsonaristas.
O senador investigado disse ainda que “cabe confirmar com o TSE se Rodrigo Maia foi eleito deputado federal ou presidente do Brasil”, ironizou ele, em mensagem publicada em uma rede social. Mas é o caso também de confirmar junto ao TSE se Jair Bolsonaro, pai do reclamante, foi eleito para Presidente da República ou se ele vai continuar sendo apenas um animador de seu estridente séquito de alucinados seguidores.