
“Não pode haver política de apaziguamento”, afirmou o parlamentar, em entrevista ao site de notícias Congresso em Foco
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado, afirmou, no sábado (4), que o ato de Bolsonaro visa “esculhambar com a democracia” e “precisa ser respondido com uma forte reação”. “Não pode haver política de apaziguamento”, afirmou o parlamentar, em entrevista ao site de notícias Congresso em Foco.
“Não pode ter política de Chamberlain. Tem que ter política de Churchill”, compara, referindo-se aos líderes britânicos na Segunda Guerra Mundial. Primeiro-ministro no início do conflito, Neville Chamberlain pregava uma política de apaziguamento com o fascismo. “Trata-se de um movimento fundamentalista de extrema-direita”, acrescentou.
Sobre o ato do 7 de Setembro, ele disse achar “que haverá uma arruaça contra a ordem democrática”. “Eu não acredito em ruptura”, pondera. “Como é que é isso? Destitui os onze ministros do STF, ou dez, salva um que seja mais próximo? Fica tudo por isso mesmo? Fecha o Congresso Nacional? Não tem reação do mercado financeiro? Sinceramente, eu não acredito””, disse Randolfe.
“Eu não acredito que os seis comandos militares, ou um dos seis comandos militares, se levantem contra a ordem democrática para atender aos arroubos autoritários de um descontrolado”, prosseguiu o senador, ao afirmar que Bolsonaro “faz campanha declarada para dar golpe de Estado”. Randolfe lembrou ainda que a CPI da Covid, da qual ele é vice-presidente, está convencida que Bolsonaro cometeu crime e deverá responder por eles.