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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, também participou e cumprimentou o vice-presidente eleito
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que a conversa com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, foi “bastante proveitosa” e que a “transição já começou”.
Alckmin está em Brasília conversando sobre a transição de governo e sobre o Orçamento de 2023. O vice-presidente estava acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do coordenador do programa de governo de Lula, Aloizio Mercadante.
Na reunião com os ministros de Bolsonaro, “entregamos o pedido do presidente Lula nos designando como coordenador da transição. A conversa foi bastante proveitosa, muito objetiva. A transição já começou”, anunciou.
“Eles estão designando o Centro Cultural Banco do Brasil. Amanhã a Gleisi e o Mercadante vão lá fazer uma visita e nós devemos começar a partir de segunda-feira da próxima semana”, continuou o ex-governador de São Paulo.
Alckmin contou que a transição será instalada “com o objetivo da transparência, planejamento, continuidade dos serviços prestados à população e que a gente possa ter todas as informações”.
O vice-presidente eleito disse ainda que o ministro Luiz Eduardo Ramos o cumprimentou, parabenizou pelas eleições e “desejou um ótimo trabalho”, colocando-se à disposição para ajudar na transição.
Depois de quase dois dias em silêncio após a confirmação de sua derrota nas eleições, Jair Bolsonaro deu autorização para que a transição para o governo de Lula fosse iniciada.
Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, falou que “Bolsonaro me autorizou e, quando provocado, com base na lei, nós iniciaremos o processo de transição”.
“A presidente do PT, em nome do presidente Lula, disse que na quinta-feira será formalizado o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin”, anunciou ele.
COM BOLSONARO
Geraldo Alckmin (PSB) comentou também o encontro que teve durante a tarde com o ora presidente, Jair Bolsonaro (PL), e disse que ele reiterou os “compromissos em relação à transição” e disse que vai colaborar.
“Foi positivo. O presidente [Bolsonaro] convidou. Nós já estávamos saindo já. Para que fosse até lá ao seu gabinete”, relatou Alckmin.
“E reiterou o que disse o ministro Ciro Nogueira e o ministro general Ramos, da disposição do governo federal de prestar todas as informações, colaborações, para que se tenha aí uma transição pautada pelo interesse público”.
BOLSONARO E AS BENESSES DO PL
Bolsonaro teve uma reunião com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, na segunda-feira (31), um dia após o presidente ser derrotado por Lula no segundo turno da eleição.
No encontro ficou acertado que o PL bancará as despesas de Bolsonaro a partir de 2023, quando ele deixará o Palácio do Planalto.
De acordo com a coluna de Igor Gadelha, do site Metrópoles, Bolsonaro deve assumir um cargo no PL e com isso, a legenda pagará um salário mensal para o presidente, além de bancar o aluguel de uma casa e de um escritório em Brasília.
Valdemar também prometeu a Bolsonaro que o PL bancará advogados para defender o presidente nos diversos processos a que responde no STF e em outras instâncias.
Segundo parlamentares do PL, a ideia é que essa estrutura bancada pela legenda permita a Bolsonaro atuar como a “principal liderança política da oposição” durante o terceiro governo Lula.
Houve quem avaliasse que a concessão dessas benesses teve como condição Bolsonaro reconhecer a derrota para Lula e assumir um tom mais light de transição, enquanto seus seguidores tresloucados estão fazendo barricadas nas estradas querendo golpe e melar a eleição.