“O que é triste é eles terem armado uma frente para combater o presidente Bolsonaro, usando a prefeitura inclusive, para fazer esse tipo de coisa”, disse o candidato
Na entrevista desta segunda-feira (05), no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o candidato a prefeito da capital, Celso Russomanno (Republicanos), pediu “socorro” contra a “frente ampla” construída em São Paulo contra Bolsonaro.
“O que é triste é eles terem armado uma frente para combater o presidente Bolsonaro, usando a prefeitura inclusive, para fazer esse tipo de coisa. […] Não é assim que se faz política”, observou.
“Então, essa frente que eles estão criando aí, para combater o presidente Bolsonaro, não vai dar em absolutamente nada, pode ter certeza”, resmungou. “Ele [Bolsonaro] disse que não pretendia entrar no primeiro turno na eleição, mas, diante dessa frente que foi criada pelo Bruno e pelo Doria para fazer oposição a ele, ele vai entrar na minha campanha”, confessou.
Russomano repetiu a conversa de que, por ser um “chegado de Bolsonaro”, teria mais dinheiro. Inclusive que esse dinheiro viria da dívida da cidade com o Tesouro Nacional, que, segundo ele, o “amigo” Bolsonaro iria “aliviar”.
O candidato a prefeito de São Paulo, Orlando Silva (PCdoB) já tinha alertado, durante o debate da TV Bandeirantes, na quinta-feira (01), contra a demagogia de Celso Russomano sobre o suposto “alívio” da dívida da cidade de São Paulo com o Tesouro Nacional. “Você sabe muito bem que não é o presidente que decide essas coisas, que tem que passar pelo Senado”, advertiu Orlando.
Como Russomanno continuou insistindo na conversa de que podia conseguir dinheiro porque é “amigo” de Bolsonaro, precisou ser alertado novamente pelo deputado Orlando Silva, de que ele estava mentindo. “Você está mentindo. Isso é dinheiro público, Russomanno. Não é dinheiro de rachadinha, não é dinheiro do Queiroz”, explicou o candidato do PCdoB, durante o debate.