Jair Bolsonaro voltou a boicotar a vacinação dos brasileiros falando mentiras sobre efeitos colaterais dos imunizantes, desta vez associando-os ao desenvolvimento de embolia e trombose.
Segundo ele, o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), que prefere ser chamado por Hélio Bolsonaro, está internado por “efeito colateral da vacina”.
“O deputado Hélio Lopes está no hospital, por embolia. Parece que é efeito colateral da vacina, vamos aguardar a conclusão”, disse Jair Bolsonaro no sábado (11), sem prova nenhuma do que diz.
Estranho que Hélio, que se chama Hélio Bolsonaro e é papagaio de pirata constante, tenha contrariado o seu mito e se vacinado.
Bolsonaro também contou que “um médico meu, semana passada, estava abalado, que uma irmã dele tomou [a vacina] e estava com trombose também”, mas não citou nomes.
Na quarta-feira (8), ele disse, mais uma vez sem citar nomes, que “tenho um ministro que está passando mal e a informação que temos é que está numa situação bastante complicada desde quando tomou há 3 semanas a 3ª dose da vacina”.
Completou falando que “não tomei vacina e não vou tomar vacina. É um direito meu e de quem não quer tomar. Até porque os efeitos colaterais e adversos são enormes”.
Os resultados de todas as pesquisas feitas no mundo mostram que as vacinas são a melhor ferramenta para combater o coronavírus e que os riscos para quem toma são baixos.
Um estudo da Universidade de Oxford revelou que o risco de trombose é entre 8 e 10 vezes maior nas pessoas que são infectadas pelo coronavírus do que entre as pessoas que tomaram vacina, o que contradiz as falas de Bolsonaro.
Os dados reforçam ainda que as pessoas que se imunizaram têm menor chance de se infectar e desenvolver a doença de forma grave. As vacinas diminuem ainda a chance da pessoa transmitir o vírus para outros, tanto em relação ao tempo de transmissão quanto à intensidade.
Para Jair Bolsonaro, que é contra as vacinas, os estudos não têm importância. “Se contrai ou transmite, não tem mais ou menos, transmite!”, gritou.
Depois de ter tentado sabotar a vacinação no Brasil, recusando ofertas da Pfizer e do Instituto Butantan para que os imunizantes estivessem no Brasil em dezembro de 2020, a estratégia de Jair Bolsonaro passou a ser tentar boicotar a vacinação.