O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada teve queda real de 0,51% em março, na comparação com o mesmo mês de 2018, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Ante fevereiro deste ano, março registrou variação de 0,12%, segundo a mesma pesquisa, alta insignificante se comparados os dois dados, que só demonstram a estagnação econômica do país.
Os dados são todos preocupantes, somados ainda com o alto desemprego que assola o país. No mês passado os índices registraram fechamento de 43.196 vagas de emprego formal no e alta de 10% no número de pessoas que procuram emprego na comparação com o último trimestre de 2018.
Além disso, a subocupação – pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana – cresceu, segundo o Boletim Emprego em Pauta do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A pesquisa revela que entre o 3º e o 4º trimestre de 2018, quase 5 milhões de trabalhadores tiveram as jornadas de trabalho reduzidas para menos de 30 horas semanais. Nos dados referentes ao 1º trimestre de 2019, o número de subocupados foi estimado em 6,8 milhões.
O estudo aponta que “esse crescimento é reflexo do fraco desempenho da atividade econômica, incapaz de gerar quantidade suficiente de postos de trabalho adequados e que atendam aos anseios dos trabalhadores, principalmente no que se refere à remuneração”.