O general voltou a destacar, em entrevista na Band, que as Forças Armadas “não são instrumentos de uso da política partidária”
O general Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, reafirmou suas críticas a Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (6), em entrevista no programa de José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes. Ele voltou a dizer que as Forças Armadas “não são instrumentos de uso da política partidária”.
Santos Cruz alertou contra o fanatismo que tomou conta da política brasileira. Ele citou a experiência de ter vivido situações como esta em missões internacionais. Para ele, o fanatismo está a um passo da violência. “A nossa sociedade não pode aceitar o fanatismo que está ocorrendo hoje no país e as Forças Armadas não podem ser arrastadas para a política de interesses pessoais”, argumentou.
Segundo o general, “o país vive problemas gravíssimos e o presidente não tem uma conduta, uma forma de atuação adequada.” “Você não pode, a cada ministro que sai, ter uma crise. No meu caso, quando eu saí teve até crime de falsificações. Mas, só para citar o caso do ministro da Saúde, o Luiz Henrique Mandetta, um médico. Não é para você discutir publicamente as divergências como foi feito, senão o que está sendo feito é tumultuar a sociedade”, afirmou o general.
“Num momento sério como este, em que a sociedade espera uma discussão de ideias para resolver seus problemas, tudo se reduz a ataques pessoais. O que se vê são xingamentos, o que cria uma ambiente ruim na política”, observou o general Santos Cruz. “As expectativas de que, com Bolsonaro, haveria uma nova política, foram se deteriorando com o tempo, por atuação de um pequeno grupo extremista a quem o presidente dá crédito”, avaliou.
“Não pode governar só para um pequeno grupo de extremistas”, ponderou o general. “Você tem que governar para toda a nação. Tem que governar para todos, inclusive aqueles que perderam para você. Isso é o normal. Acabou a eleição, você passa a governar para todos. Essa postura não foi adotada, e esse pequeno grupo, essa milícia exerceu grandes influências e tudo veio se deteriorando. A pressão sobre o presidente não é para que as coisas sejam feitas de forma equilibrada, ao contrário, é tudo pelo radicalismo”, acrescentou Santos Cruz.
“Na pandemia, por exemplo, disse o general, “a hora era do capitão do time, dizer, está comigo a bola, vamos nos unir para vencer essa fase, não aconteceu isso, foi ao contrário, começou a pandemia, começou a desunião, as acusações contra governadores, contra prefeitos, etc. Então, a desunião está trazendo um mal muito grande para o Brasil.”
Santos Cruz comentou as alianças de Jair Bolsonaro, feitas mais recentemente na política e na atuação do Planalto junto ao Legislativo. Ele disse que governabilidade não pode ser justificativa para tolerância com irregularidades. “A governabilidade não pode ser tolerância para desmontar, por exemplo, o combate à corrupção, não pode ser justificativa para você distribuir dinheiro à vontade em emendas parlamentares”, afirmou o general.
Na opinião do general, o combate à corrupção deve ser permanente. “Não deve se restringir à Polícia Federal”, disse ele. Para o militar, “todos os órgãos responsáveis pela fiscalização, como a Receita Federal, as polícias especializadas em lavagem de dinheiro, e outra instituições, devem se envolver nessa luta, para que o país se torne mais justo”. “Este trabalho não está sendo nítido, não está sendo claro neste governo”, observou.
O presidente, tem todos os traços de um psicopata: 1- desrespeito as leis e costumes sociais, 2 – um desrespeito pelo direitos dos outros, 3 – falta de remorso ou culpa e 4 -uma tendência para mostrar comportamento violento, portanto, tem que ser internado para tratamento é urgente.