O governo de São Paulo quer aplicar vacinas contra a Covid-19 em crianças de 5 a 10 anos dentro das escolas públicas do estado e estender a ação às escolas da rede privada o mais rapidamente possível. A vacinação será feita em parceria com os municípios e com autorização dos pais.
Segundo escreveu em suas redes sociais o secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, “a vacinação das crianças é urgente”.
“Em São Paulo, nós faremos de tudo para que ela aconteça, inclusive dentro das escolas. “A estratégia deu muito certo com os professores quando fui ministro e pode ser repetida agora para garantir a segurança dos jovens contra a covid-19”, afirmou.
Em entrevista ao Estadão, o secretário também informou que as escolas estaduais vão passar a solicitar o comprovante de vacinação após o início da campanha de vacinação das crianças, mas que as não vacinadas não serão impedidas de frequentar as aulas.
“A carteira de vacinação já é exigida na matrícula. Vamos solicitar sim, no momento devido. Mas não vamos proibir o aluno de ir à escola”, disse. Mesmo com toda a campanha do governo Bolsonaro contrário a vacinação de crianças de 5 a 10 anos, a pressão de diversos setores sociais e opiniões embasadas de cientistas em defesa da vacina, como representantes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), prevaleceram e, nesta terça-feira (4), o próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que a pasta já está preparando o planejamento da campanha de imunização infantil.