A polícia de São Paulo prendeu no último sábado (7), os seguranças Valdir Bispo dos Santos e Davi de Oliveira Fernandes por chicotear e torturar um adolescente, de 17 anos, no supermercado da rede Ricoy.
Depois da prisão de Davi, o primeiro preso, Valdir se apresentou na Delegacia de Apoio ao Turista e foi encaminhado ao 80º DP, na Vila Joaniza, zona sul de São Paulo, onde a investigação corre em segredo de Justiça.
O adolescente, de 17 anos, foi encaminhado, na sexta-feira (6), para um abrigo da Prefeitura da cidade de São Paulo. A família do jovem se sentiu ameaçada e, por isso, será feito pedido de inclusão no Programa de Proteção de Crianças e Adolescentes Ameaçados (PPCAAM).
O adolescente disse que o caso ocorreu no mês passado e que foi a terceira vez que os mesmos seguranças o agrediram por furto de chocolate. Segundo ele, embora o vídeo tenha 40 segundos, a sessão durou 40 minutos. O rapaz mora na rua desde os 12 anos e já passou pela Fundação Casa.
MP
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) informou que a Promotoria de Direitos Humanos vai apurar práticas de tortura na rede Ricoy de supermercados.
O inquérito civil instaurado nesta sexta vai apurar as práticas de tortura contra o adolescente e a violação de direito fundamental, a responsabilidade da empresa em violação de direitos humanos, o dano moral e social difuso e coletivo.
A investigação destaca duas ocorrências nas lojas: no último dia 1º de julho, na unidade da Avenida Yervant Kissajikian, e contra uma pessoa que também teria sido torturada e amarrada a um corrimão por tentar furtar alguns gêneros alimentícios e de higiene pessoal.
O inquérito fala de um possível terceiro episódio de tortura psicológica contra uma criança, que vai igualmente ser apurado.
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