O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, declarou que os atos dos servidores ocorridos nesta terça-feira (18), assim como a paralisação que mobilizou metade dos funcionários do BC, serviu de advertência ao governo. De acordo com Faiad, se não houver alguma proposta de reajuste por parte do governo Bolsonaro para todo o funcionalismo, o Executivo estará obrigando os servidores a entrarem em greve.
“Avaliamos que foi um sucesso e que, a partir de fevereiro, se não houver proposta de reajuste, vamos à greve por tempo indeterminado”, disse Faiad.
O presidente do Sinal afirmou que os atos de ontem foram atos políticos, reunindo as principais lideranças das categorias, e que paralisaram tanto trabalhadores nas atividades presenciais, quanto em trabalho remoto. “No Banco Central, tivemos 50% de adesão e paramos por duas horas, tanto digital como com a presença nos atos. Não paramos serviços essenciais”, explicou.
O estopim para as mobilizações foi a promessa de Bolsonaro de conceder reajuste apenas para as categorias da segurança pública, promessa que também não saiu do papel. O movimento reivindica que o reajuste deve ser para todas as categorias do funcionalismo. “Se o governo disser: ‘olha, os policiais vão ter reajuste, e vocês vão ficar a ver navios’, praticamente nos obriga a ter uma greve em fevereiro ou março”, disse.
Na próxima semana, dia 27, o Fórum Nacional de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e o Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) realizaram um ato digital conjunto para decidir os próximos passos do movimento.