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O senador bolsonarista Roberto Rocha (PTB-MA) foi incluído no rol de investigados do inquérito que apura o desvio de emendas parlamentares por parte de congressistas maranhenses.
A investigação é a mesma que levou a Polícia Federal a realizar em 11 de março uma operação de busca e apreensão contra três deputados federais do PL, o partido de Jair Bolsonaro. Um deles é Josimar Maranhãozinho, flagrado com maços de dinheiro vivo de emendas.
Roberto Rocha é titular da Corregedoria Parlamentar do Senado, órgão responsável por manter o decoro e a disciplina na Casa, desde 2017.
Sua inclusão no inquérito que apura as irregularidades foi decidida pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O magistrado ordenou a apuração sobre o parlamentar após os investigadores analisarem informações encontradas com o grupo suspeito de operar o esquema.
A PGR passou a defender a inclusão do bolsonarista na investigação após relatório da Polícia Federal mostrar menções ao nome de Rocha em documentos trocados pelo grupo investigado pelo desvio das emendas. Segundo a PF, o esquema era abastecido com o desvio de verbas das emendas parlamentares destinadas à área da Saúde.
O nome de Roberto Rocha é mencionado na troca de mensagens entre os suspeitos em anotações e tabelas de valores que trazem o nome de municípios maranhenses.
Uma das tabelas tem por nome “Roberto Rocha” e três colunas identificando data, município e valor.
Os valores mencionados somam R$ 980 mil, ao lado dos nomes “Magla”, “Bela Vista” e “Milagre do MA”. O Estado tem os municípios de Bela Vista do Maranhão e de Milagres do Maranhão. Em outra imagem, uma tabela intitulada “Rocha” traz os nomes “Milagre”, ao lado da cifra de R$ 32 mil; e “Barreirinhas” com o valor de R$ 55 mil. O último nome pode ser uma menção ao município maranhense homônimo, localizado na região dos Lençóis.
De acordo com a PGR, os desvios de recursos aos municípios nos quais consta referência a Rocha ocorreu em 2019 e, portanto, presente “a temporalidade entre o mandato, ainda vigente, com a suposta negociação de compra de emendas parlamentares destinadas a municípios maranhenses”.
O caso ficou sob a relatoria de Lewandowski por ele já ser o relator de outro inquérito sobre Josimar Maranhãozinho.