Ao contrário do que diz a mensagem negacionista, máscara do ministro estava no pescoço e não no rosto. Além disso, ele está passando muito bem. Vacina que Queiroga e Bolsonaro atacaram impediu doença grave
Os vexames de Marcelo Queiroga em Nova Iorque revelaram que o ministro da Saúde de Bolsonaro não passa de mais um serviçal do Planalto. Ele, que deveria agir como autoridade sanitária, orientar a delegação a cumprir os protocolos sanitários, deu os mesmos vexames de Bolsonaro. Foi impedido também de entrar em restaurantes e outros lugares por desrespeito às normas da cidade sede da ONU.
Agora, mesmo estando infectado e em quarentena num hotel de Nova Iorque, o ministro da Saúde compartilha uma mensagem antivacina que, além de ser um desserviço à luta contra a pandemia, é simplesmente mais uma mentira bolsonarista.
Para justificar as teses negacionistas, ela [a mensagem] diz que o ministro usa máscara e pegou Covid enquanto Bolsonaro não usa e não pegou. A afirmação é desmentida pela própria foto do ministro – que pode ser vista acima – com a máscara pendurada no pescoço na rua após a expulsão do restaurante.
Outra afirmação da miliciana prestigiada por Queiroga é a de que ele teria tomado a CoronaVac, vacina do Butantan, e se infectou enquanto Bolsonaro não tomou vacina e saiu ileso. Primeiro, a mensagem esquece de dizer que o ministro está muito bem de saúde. Isso se deve, certamente, à proteção de mais de 90% que a vacina o Butantan dá para evitar casos graves da doença. A miliciana também finge desconhecer que Bolsonaro já se infectou com o coronavírus.
Ou seja, esse comportamento anticientífico, ignorante e obscurantista da postagem é esperado e é normal quando vem da parte dos milicianos alucinados que agem na internet contra a ciência e a medicina ou do próprio Bolsonaro, mas não seria esperado da parte de um médico formado que ocupa o cargo de ministro da Saúde do Brasil.
Esse comportamento serviçal e negacionista de Queiroga já vinha sendo observado depois que ele admitiu que interrompeu a imunização de adolescentes por ordem direta do chefe. Também já havia tentado desobrigar o uso de máscara após o ‘espalha vírus’ dizer publicamente que elas não protegiam contra a Covid. Queiroga obedeceu ao ‘chefe’ e tentou desobrigar o seu uso.
Agora, os vexames de Nova Iorque, onde, além de serem barrados em restaurantes e espalharem o vírus, Bolsonaro defendeu o uso de drogas ineficazes no combate à Covid em seu discurso na ONU. Esse compartilhamento estúpido de uma militante antivacina e antimáscara, deixaram o ministro ainda mais exposto como um mero moleque de recados do capitão cloroquina. Não é por acaso que Queiroga já começa a ser chamado por aqui de Pazuello de jaleco.