Em reunião com a ministra Rosa Weber, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), apresentou a reivindicação da categoria pela reposição salarial em 2022.
A categoria pede recomposição salarial de 19,99%, percentual também cobrado pelos funcionários públicos do Executivo, que representa a inflação acumulada nos 3 primeiros anos do governo Bolsonaro. Os trabalhadores do Judiciário se juntam ao movimento do funcionalismo da União pelo reajuste salarial para todos os servidores.
“Ela [Rosa Weber] disse que pouco pode fazer nesse período. Mas deixou claro que todas as reivindicações serão levadas de pronto para o ministro Fux no seu retorno”, disse o coordenador-geral da Fenajufe, Fabiano dos Santos.
De acordo com a entidade, a Ministra ponderou que apenas está na presidência interina do Supremo, mas fez questão de atender ao pedido de reunião da entidade. “Ela asseverou que neste momento não há muito mais que ela possa fazer, além de levar o teor da discussão ao presidente da Corte, Ministro Luiz Fux”, disse a Fenajufe em nota.
A entidade enfatizou, ainda, a “necessidade de adoção de medidas para garantir tratamento isonômico a todos os servidores públicos, bem como atuação em defesa dos servidores do Poder Judiciário da União por ocasião da aprovação da Lei Orçamentária 2022 pelo Congresso Nacional.”
“A Fenajufe esclareceu que nenhuma carreira teve reajuste neste período e destacou a possibilidade de fazê-lo, ante os limites temporais e os prazos estabelecidos na legislação. Defendeu ainda que no judiciário a própria Emenda Constitucional nº 95 – que estabelece o teto dos gastos públicos – permitiu o crescimento da folha nos limites do crescimento inflacionário e isso não aconteceu, em nenhum ano”, disse a nota.
“A posição defendida pelos dirigentes foi a preservação da negociação nesse momento, ao lado do conjunto do funcionalismo brasileiro. Mas é patente a dificuldade de diálogo, principalmente com o Executivo Federal”, continuou.
A Fenajufe destacou que há um processo de mobilização conjunta do funcionalismo público e que os servidores do Poder Judiciário trabalharão, também, na construção de uma greve geral do segmento.