Os servidores do INSS, que estão em greve desde o dia 23 de maio, ocuparam a Superintendência do INSS em São Paulo na manhã de segunda-feira (18).
A greve e as manifestações, que acontecem em outras capitais do país, fazem parte dos protestos por reajuste salarial, melhores condições de trabalho, realização de concursos públicos e contra o desmonte do órgão empreendido pelo governo Bolsonaro.
Conforme informaram os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev/SP) durante o ato, o déficit de servidores no órgão chega a 23 mil. Eles também reivindicam equipamentos mais modernos e melhor acesso à internet, inclusive para melhor atender à população.
A manifestação teve início por volta das 6h30, e estavam presentes servidores de vários municípios de São Paulo.
Assim como outras categorias de servidores federais, que também têm se manifestado por aumento, os funcionários do INSS estão sem reposição salarial há cinco anos.
Portanto faixas e cartazes, os grevistas entraram na sede do órgão, onde fica o gabinete da superintendência e, de lá, conseguiram uma reunião virtual com o presidente do INSS, Guilherme Serrano, em Brasília, onde explicitaram suas reivindicações e pediram negociação. Durante a reunião, o presidente do INSS reafirmou a ameaça já feita, de que o INSS pretende descontar dos trabalhadores os dias parados.
“A decisão dos servidores do INSS de São Paulo de manter a paralisação apesar do desconto dos dias parados, que vamos lutar para reverter, é a mesma que está sendo tomada em vários estados. A luta pelo reajuste a que temos direito não vai parar”, disse a diretora da Secretaria-Geral do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP), Vilma Ramos, também presente no protesto.