Mais um setor de servidores da Receita Federal se soma aos protestos que tomou conta do funcionalismo do órgão e demais servidores de várias instituições, contra o descaso com que vêm sendo tratados pelo governo federal.
Nesta quinta-feira (13) foi a vez dos auditores que compõem as centrais de Operadores Econômicos Autorizados (OEA) declararem que vão paralisar suas atividades “enquanto não forem atendidas as justas reivindicações”.
Os auditores das OEA são responsáveis por analisar se empresas de importação e exportação no Brasil atendem às normas de segurança internacionais.
Desde dezembro, após Bolsonaro prometer reajuste salarial apenas aos policiais, ignorando o restante do funcionalismo que está sem aumento há cinco anos, os servidores públicos vêm protagonizando uma grande mobilização, com entrega em massa de cargos de chefia e preparação para protestos e paralisação no próximo dia 18.
Os servidores, em especial os funcionários da Receita Federal, além da questão do reajuste salarial, também se posicionam contra os cortes de verba no órgão, falta de concurso público, e pelo atraso na implementação do bônus de desempenho.
“No presente momento, em função do absoluto desprezo com que são tratados pelo governo tanto auditores fiscais quanto a própria Receita Federal, não restou alternativa a não ser interromper provisoriamente as novas certificações, até que a situação seja revertida”, declararam os auditores em nota.
Na nota, os auditores denunciam ainda “o estrangulamento financeiro a que vem sendo submetida a Receita Federal nos últimos anos”.
Segundo a nota, os recursos aprovados no Orçamento para 2022 “só durarão até maio, asfixiando a Casa que tem como funções principais, entre outras, a arrecadação federal, a repressão ao contrabando e descaminho, e a fiscalização tributária e aduaneira”.