“Só não esperem de mim – eu que tenho uma trajetória de vida e de luta pelo país, neste país que tanto precisa de nós – omissão”, disse a candidata em pronunciamento após o resultado da eleição
A senadora Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial, disse que vai aguardar posicionamento dos partidos que a apoiaram (MDB, PSDB, Cidadania e Podemos), mas que tem “lado e vou me pronunciar no momento certo”.
Tebet participou ativamente da CPI da Covid-19 e responsabiliza Jair Bolsonaro por mortes durante a pandemia e pelo atraso na compra de vacinas.
Em debate, falou: não vi Bolsonaro “pegar sua moto e entrar em um hospital para abraçar uma mãe. Eu vi um escândalo de corrupção na compra de vacina”.
Após o resultado do primeiro turno das eleições, Simone Tebet falou que “há muito, sim, o que refletir, mas jamais [vamos] nos omitir”.
“Como política partidária, eu respeito o processo eleitoral, que não terminou agora. Agora é hora dos presidentes dos nossos partidos se posicionarem e se pronunciarem”, continuou.
“Eu espero que o façam e o façam rapidamente para que, depois, eu possa, como candidata a presidente da República que fui, me posicionar nesse momento tão complexo”, sentenciou.
A senadora afirmou que “a palavra agora está com os presidentes dos partidos porque, repito, sou uma política que respeita o processo decisório, o processo eleitoral. Mas que, no máximo, em 48 horas vocês decidam porque eu vou me pronunciar, porque tenho uma responsabilidade junto com Mara [Gabrilli]”, sua candidata a vice.
Ela pediu aos presidentes dos partidos que “acelerem a decisão”.
“Só não esperem de mim – eu que tenho uma trajetória de vida e de luta pelo país, neste país que tanto precisa de nós – omissão”.
“Tomem logo a decisão, porque a minha está tomada. Eu tenho lado e vou me pronunciar no momento certo. Só espero que vocês entendam que esse não é qualquer momento do Brasil”, completou.
Simone Tebet terminou a disputa no primeiro turno com 4,9 milhões de votos, representando 4,16% do total.
O apoio da senadora e dos partidos pode ser fundamental para que Lula mantenha a dianteira e amplie a vantagem sobre Bolsonaro.