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O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) ajuizou uma ação popular contra a venda de dois campos de petróleo da Petrobrás na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.
Na ação, ajuizada na 1ª Vara da Justiça Federal de Campos dos Goytacazes (RJ), na sexta-feira (2), o sindicato afirma que com a venda, a direção da Petrobrás “põe em risco o patrimônio público em razão de falta de análise de gestão de crise e de alienação da participação em setores altamente lucrativos”.
Segundo o sindicato, os dois campos – Albacora e Albacora Leste -, dos quais a Petrobrás detém 100%, produzem juntos mais de 45 mil barris diários.
O texto afirma ainda que a venda “dá-se de forma ilegal ao ignorar a necessidade de licitação”, e pede a suspensão da liminar da venda dos campos e a anulação definitiva do processo.
Segundo o sindicato, “até o momento, a estatal vendeu campos com produção relativamente pequena e com baixa perspectiva de crescimento; é o caso de, por exemplo, Pargo, Carapeba e Vermelho. Entretanto, Albacora e Albacora Leste estão entre os maiores produtores da Bacia de Campos”.
Para Tezeu Bezerra, coordenador geral do Sindipetro-NF, “é um absurdo a Petrobras vender ativos lucrativos e já amortizados, com capacidade de dar retorno financeiro para a empresa e para os cofres públicos”.
“São mais de 1.500 trabalhadores diretamente impactados. Albacora e Albacora Leste são campos gigantes, que têm reservatórios de pré-sal, um patrimônio brasileiro, e estão sendo colocados à venda a preço mais baixo em um momento de baixa do preço do petróleo”, afirma o sindicalista.
A própria Petrobrás, falando aos possíveis interessados na compra, propagandeia a quantidade de óleo original no pós-sal (4,4 bilhões de barris em Albacora e 3,8 bilhões de barris em Albacora Leste) e que os campos têm um potencial significativo no pré-sal.