Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT- Correios), em greve desde o último dia 17 de agosto, mantêm a mobilização da categoria contra a retirada de direitos pretendida pela direção da empresa.
O julgamento da validade do acordo coletivo, assinado entre as partes com prazo de 2019 a 2021, e que a direção dos Correios quer romper, será definido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), ainda com data a ser definida.
Neta segunda-feira, 31, as federações representantes dos trabalhadores se reuniram com a ministra Kátia Arruda, relatora do dissídio coletivo. No encontro, os dirigentes da Federação Interestadual dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios (FINDECT) apresentaram os enormes prejuízos aos trabalhadores que sofrem com cortes e descontos de rendimentos desde o final de julho. “A Ministra ouviu com atenção, se comprometeu com o esforço para marcar o julgamento com brevidade, e emitir despacho sobre os descontos dos dias de greve feitos pela ECT”, informou a entidade.
Nesta semana, algumas atividades deram continuidade ao movimento dos funcionários dos Correios. Em Bauru, o Sindicato dos Trabalhadores da ECT (SINDECTEB) reuniu os trabalhadores em frente à Superintendência Regional dos Correios e todos seguiram em carreata até o Hemonúcleo do Hospital de Base para um mutirão de doação de sangue.
Na semana passada, o sindicato da categoria (Sintect-SP) organizou um mutirão de doações no Hospital das Clínicas e nesta semana tem organizado mobilizações e piquetes em frente as sedes e agências da estatal.
No Maranhão, os Trabalhadores dos Correios se reuniram em frente à sede do SINTECT-MA, na manhã de terça-feira (01), para dialogar com a população. Na manhã desta quarta-feira (02), o sindicato convocou todos os grevistas para um ato em frente da agência dos Correios da Cidade Operária.
No Rio de Janeiro, o Sindicato mobilizou os trabalhadores em diversas unidades de trabalho e realizou ato com distribuição de carta aberta à população no bairro da Tijuca, na capital, e no Centro da cidade de Itaperuna, no interior do estado onde contou com apoio dos estudantes locais.
“A greve continua e precisa estar mais forte a cada dia, até o julgamento do Dissídio Coletivo pelo TST. A mobilização total dos trabalhadores é uma das únicas formas de obrigar o general Floriano Peixoto a negociar e ceder e de mostrar aos ministros do TST e para a população a situação desesperadora da categoria e almejar uma vitória”, diz comunicado da Findect.