Paulo Guedes aproveitou uma conferência virtual com empresários, neste sábado (04), para seguir resistindo a liberar recursos e insinuar que os brasileiros poderiam usar a crise para dar “calotes”.
“Não podemos cair na atração fatal do calote, da falta de pagamento”, disse o ministro.
Não é por acaso que isso veio à mente do ministro. Ele conhece bem esse tipo de atitude. Aliás, é investigado por isso. E mais, até agora, é ele e Bolsonaro que estão dando um tremendo calote no povo, ao retardar os recursos emergenciais aprovados pelo Congresso Nacional.
A política anti-povo, pró-banco e de destruição nacional de Bolsonaro está agora cobrando o seu preço na falta de leitos, de médicos, de respiradores e até de máscaras. Esta política que afundou o país foi atropelada pela urgência da crise.
Com o Covid-19 a política neoliberal foi para o espaço. O país está à beira do abismo e só o Estado poderá amenizar o desastre. Só Bolsonaro, Guedes e seus cupinchas fingem que não é com eles e insistem em sentar no dinheiro.
Os dois, Jair Bolsonaro e Guedes, fazem de tudo para não liberar a verba emergencial já aprovada para garantir a sobrevivência das pessoas durante a crise do coronavírus. Até mudança na Constituição eles tiveram a cara de pau de exigir.
Como a ajuda é para o trabalhador, para quem produz e para os mais pobres, eles querem o cumprimento de todas as burocracias possíveis, com todos os carimbos e segundas vias possíveis. Quando é para ajudar os bancos, as soluções vêm a jato e as medidas são imediatas.
Os empresários cobraram recursos para evitar o colapso da economia, mas Guedes, que continua sentado no cofre, prometeu seguir golpeando a Previdência Social pública com eliminação de contribuições patronais para as aposentadorias.
Guedes prometeu também aos empresários que pretende eliminar os “custos de mão de obra” no futuro. Ele chamou os direitos trabalhistas que pretende eliminar de “armas de destruição em massa”. Como se não fosse a sua política e a de Bolsonaro que destruiu os empregos em massa.
Se dependesse de Guedes e Bolsonaro, os informais estariam recebendo, ou melhor, estariam esperando para receber, R$ 200 por três meses para sobreviver na crise do coronavírus. Esse comportamento empedernido de Guedes e Bolsonaro se deve ao fato de que a política neoliberal já morreu, mas eles ainda não. Este é um problema a ser logo resolvido rapidamente.