“O Bolsonaro destruiu o Brasil. Nós precisamos juntar forças pra gente fazer um novo Brasil. Por isso, Lula, a nossa confiança que você vai reconstruir o Brasil”, disse Paulinho da Força, presidente da legenda
O partido Solidariedade oficializou nesta terça-feira (3) o apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República nas eleições deste ano, em evento realizado em São Paulo. Estiveram presentes comandando o ato o presidente do partido, Paulinho da Força, o ex-presidente Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
“O Bolsonaro destruiu o Brasil. Nós precisamos juntar forças pra gente fazer um novo Brasil. Por isso, Lula, a nossa confiança que você vai reconstruir o Brasil […]. A direita no mundo se organizou melhor aqui. Nós vamos enfrentar uma guerra não da direita do Brasil, vamos enfrentar uma guerra com a direita do mundo. Por isso, o Solidariedade aqui hoje declara apoio a você”, disse Paulinho da Força.
Participaram também do ato do Solidariedade de apoio ao PT, em São Paulo, políticos do PSD, partido que não apoia oficialmente Lula, como senador Omar Aziz (PSD-AM) e o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PSD-AM). Também estavam presentes o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Marília Arraes.
Com a decisão do Solidariedade, sobe para seis os partidos político que até agora compõem a Frente de apoio à candidatura de Lula Pa Presidência da República.
Além do próprio PT, também estão o PSB, partido do pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin, o PCdoB, o PV, a Rede e o PSOL. Agora, a chapa deverá ser oficializada em um grande ato em São Paulo no próximo sábado (7) para que Lula comece a rodar o país como pré-candidato.
A confirmação do apoio já havia sido acertado em reunião no dia 19 de abril, quando Paulinho da Força se encontrou em São Paulo com Lula e Gleisi. Na ocasião, em auditório lotado no centro da capital paulista, no primeiro grande encontro de Lula, pré-candidato ao Planalto, com diversas lideranças sindicais, Paulinho foi vaiado e não discursou. Alckmin também esteva presente.
Em abril mesmo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ligou para Paulinho da Força para marcar a reunião entre eles e Lula , para conter a crise com o aliado após o ocorrido. A presidente do PT descartou que o PT estivesse envolvido na vaia, minimizou o ocorrido e saudou a aliança com o Solidariedade.
“O Solidariedade tem sido um partido que tem conversado muito com o PT, com os partidos da federação. A gente tem encaminhado várias lutas juntos. Infelizmente, aconteceu um fato que a gente lamenta, não tem absolutamente nada a ver com o Partido dos Trabalhadores, nem com a nossa militância”, afirmou.
A constituição de uma frente ampla e democrática tem sido considerado fundamental por partidos que compõem federação Brasil da Esperança que apoia Lula e pretende derrotar o fascismo representado por Jair Bolsonaro (PL).
Paulinho sempre foi próximo ao ex-governador de São Paulo e, segundo pessoas próximas da campanha, Geraldo Alckmin foi peça fundamental para que o deputado voltasse atrás. “Quero agradecer a meu companheiro, meu amigo Paulinho, que tem sido uma grande força na construção dessa frente”, declarou Gleisi, no início da sua fala, fazendo um aceno ao deputado.