
A deputada é ré por portar arma ilegalmente ao perseguir o jornalista negro Luan Araújo em rua próxima à Avenida Paulista
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 21 de março o julgamento do caso em que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) é ré por porte ilegal de arma de fogo.
O julgamento, que tem prazo de uma semana, acontecerá de forma virtual e terá a participação de todos os 11 ministros. A data foi marcada depois que o ministro Gilmar Mendes devolveu o caso para apreciação em plenário.
Em outubro de 2022, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais, Carla Zambelli perseguiu em uma rua da capital paulista, com arma em mãos, um jornalista negro com quem discutiu sobre política.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou a deputada bolsonarista e afirmou que ela “não detém autorização para o manejo ostensivo do armamento em via pública e em local aberto ao público contra pessoa do povo que não ensejava qualquer mal, ameaça ou perigo concreto à vida ou à integridade física sua ou de terceiro”.
No episódio, Carla Zambelli e seus seguranças começaram a perseguir Luan Araújo depois de uma troca de ofensas. Um dos seguranças disparou enquanto corria.
A bolsonarista também está enrolada no caso em que, junto do hacker Walter Delgatti, invadiu o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir informações falsas contra o ministro do Supremo Alexandre de Moraes.
Nas alegações finais, a PGR afirmou haver “conteúdo probatório suficiente” de que a deputada “comandou a invasão a sistemas institucionais” do Judiciário.