O Tribunal de Contas da União (TCU) deu 15 dias para que o Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, e o Ministério da Defesa, por Braga Netto, expliquem o uso de dinheiro do SUS, específicos para o combate à pandemia, com gastos ordinários da Defesa.
O vice-presidente do TCU, Bruno Dantas, quer que sejam explicados os objetivos específicos da descentralização dos gastos dos recursos do SUS e quais orientações foram dadas para quem os recebeu.
Pelo menos R$ 115 milhões repassados para o Ministério da Defesa não foram usados para combater a pandemia ou com serviços exclusivos para militares.
A procuradora Élida Graziane, do Ministério Público de Contas de São Paulo, diz que R$ 100 milhões foram gastos com despesas médico-hospitalares “sem que se tenha prova de que foram gastos em benefício da população em geral, ao invés de apenas atender aos hospitais militares, os quais se recusaram a ceder leitos para tratamento de pacientes civis com Covid-19”.
Outros R$ 6 milhões foram utilizados para pagar contas de energia elétrica, água e esgoto, gás e serviços domésticos. R$ 6,2 mihões foram destinados à manutenção e conservação de bens imóveis, além de R$ 1 milhão gastos com uniformes. R$ 225,9 mil foram gastos com material de cama, mesa e banho.