Uma garota de 18 anos e um rapaz de 20 foram mortos e outras 28 pessoas ficaram feridas em uma chacina na cidade norte-americana de Baltimore no início da manhã de domingo (02). Os tiros foram disparados em uma festa de bairro, segundo informações ainda não conclusivas da polícia local.
Aproximadamente 14 das vítimas tinham menos de 18 anos, disse o comissário de polícia interino de Baltimore, Richard Worley, em entrevista coletiva.
Segundo algumas testemunhas do massacre, que já é costumeiro em eventos públicos dos EUA, os disparos – já denominados de ‘doença americana’ – ocorreram nas imediações das instalações da comemoração do feriado escolar Brooklyn Day, no distrito sul da cidade, que contava com a presença de centenas de pessoas.
“Foram ouvidos mais de 30 tiros, não paravam de atirar”, afirmou o morador Terry Brown ao jornal Baltimore Sun, relatando que estava do lado de fora de sua casa quando ouviu o estalo de tiros, seguido por uma debandada de pessoas em pânico buscando proteção.
“Foi um caos”, disse Brown. “Os pais corriam procurando por seus filhos, gritando e gritando, e não sabiam se o filho deles tinha tomado uma bala. Sem o governo tomar uma atitude, essa descontrolada quantidade de armas é contra a vida de todos nós”, constatou.
As autoridades do Departamento de Polícia de Baltimore iniciaram as investigações para determinar as causas do tiroteio e encontrar os responsáveis.
Até o momento nenhum suspeito foi identificado.
O prefeito de Baltimore, Brandon Scott, instou as pessoas com informações a se apresentarem para ajudar os investigadores a localizar os “covardes” responsáveis pelo tiroteio.
MAIOR TAXA DE MORTALIDADE POR ARMAS DE FOGO
Com mais armas do que habitantes, os Estados Unidos têm uma taxa de mortalidade por armas de fogo que é, de longe, a maior entre os países desenvolvidos.
Mais de 20 mil pessoas foram mortas a tiros em circunstâncias similares no ano de 2022, de acordo com a associação GVA (Gun Violence Archive).
O caso em Baltimore é o 337º tiroteio em massa desde o início do ano nos Estados Unidos, afirma a GVA, que define tiroteios em massa como ataques com armas de fogo em que pelo menos quatro pessoas são feridas ou mortas
Segundo a Small Arms Survey, entidade internacional de segurança pública, os EUA têm cerca de 393,3 milhões de armas de fogo. O número é maior que o total de habitantes no país, que corresponde a cerca de 330 milhões.
