
Presidente dos EUA ameaça exterminar o Hamas, se continuar atrapalhando sua obra do século, Golden Trump Gaza (e a limpeza étnica)
O empreendedor imobiliário & presidente dos EUA, Donald Trump, rechaçou o plano da Liga Árabe de reconstrução de Gaza sem expulsão de seus habitantes palestinos, o que considerou uma concorrência desleal à sua magnífica “Riviera sobre Cadáveres” ou “Trump Gaza” e ameaçou exterminar o Hamas, se este continuar “atrapalhando” o início da obra e “não libertar os reféns”, mesmo sem acordo com Israel.
Conforme o vídeo que ele próprio reproduziu, com o projeto Trump Gaza a demolição e genocídio perpetrados pelo regime israelense dariam lugar, assim que o povo palestino fosse deportado, a um bordel cinco estrelas, perdão, a um resort inigualável, com direito a uma bela e enorme estátua dourada de Trump, o nome Trump Gaza por toda parte em placas douradas e, a cereja no bolo, as estimulantes presenças de Musk e de Netanyahu, além de dançarinas do ventre barbados.
O Hamas não se impressionou com a declaração de Trump, exigiu que Israel respeite as negociações da segunda fase do cessar-fogo e expressou seu apoio à proposta de reconstrução apresentada pela Liga Árabe. O plano árabe de US$ 53 bilhões visa reconstruir a destruída Faixa de Gaza até 2030 e simultaneamente criar centenas de milhares de unidades habitacionais temporárias para os palestinos deslocados pelas bombas israelenses.
Trump também voltou à sua guerra do tarifaço – segundo ele, a mais bela palavra do dicionário -, pondo em vigor tarifas adicionais contra México, Canadá e China, além de desenhar um alvo na União Europeia.
Na quarta-feira, ele anunciou um recuo parcial do tarifaço de 25% sobre as exportações mexicanas, o que irá até 2 de abril, mantendo as alíquotas do Tratado M-E-C, e isentou as montadoras norte-americanas no México e no Canadá das sobretaxas.
Quanto ao Canadá, pelo andar da carruagem, Trump, de tanto chamar o primeiro-ministro interino Justin Trudeau de “governador do 51º estado”, ameaça dar a ele uma sobrevida na próxima eleição, que já era dada como perdida.
Diz o ditado popular que quem fala o que quer ouve o que não quer. Daí que a China aproveitou para informar a Washington que “se é guerra que os EUA querem, seja uma guerra tarifária, uma guerra comercial ou qualquer outro tipo de guerra, estamos prontos para lutar até o fim”. Além de taxar exportações agrícolas de estados que votaram em peso em Trump.
O porta-voz da chancelaria chinesa, Lin Jian, chamou a “questão do fentanyl”, o pretexto alegado por Trump para esse round de tarifas, de “desculpa esfarrapada para aumentar as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas. Nossas contramedidas para defender nossos direitos e interesses são totalmente legítimas e necessárias”.
A ameaça de Trump de “comprar” ou tomar na marra a Groenlândia, já repudiada pela Dinamarca, de que a Groenlândia é uma região autônoma, também mereceu a resposta do primeiro-ministro groenladês, , Múte Bourup Egede, de que não queremos ser americanos, somos groelandeses e a Groenlândia pertence aos groenlandeses.
Ainda segundo Egede, o território “não está à venda” e que qualquer coisa relacionada ao futuro da Groenlândia “será decidido por eles e na Groenlândia”. No seu discurso anual ao Congresso dos EUA, Trump prometeu ficar com a Groenlândia “de uma maneira ou de outra”.
Com as sobretarifas alimentando a “Trumpinflation” e até preocupando os especuladores de Wall Street, mais o trilionário Musk achacando os servidores públicos norte-americanos sem qualquer critério, a ponto de demitir controladores de voo e até o pessoal que fazia a manutenção das armas nucleares, começa a se tornar rotineiro parlamentares republicanos fugindo das bases, que lhes fazem perguntas incômodas.
Como a de porque os servidores que cuidam dos veteranos estão sendo demitidos em massa. A direção republicana orientou seus parlamentares a evitarem se reunir com as bases, até segunda ordem.