Vitória de Marília em Recife e de Boulos em São Paulo inviabilizaria a Frente Ampla
O resultado do segundo turno das eleições municipais deste domingo (29) revelou o crescimento das forças que se opõem ao projeto retrógrado e fascista de Jair Bolsonaro.
Avançaram os setores que vêm mostrando disposição crescente de trabalhar pela união de todas as forças democráticas do país na construção de uma Frente Ampla capaz não só de conter, mas de impor uma derrota definitiva à barbárie bolsonarista.
Foi uma batalha dura e difícil porque nem todas as forças da esquerda, do centro e da direita democrática compreendem a necessidade de unir as forças para isolar o extremismo alucinado da extrema-direita.
O PT e o PSol, salvo exceções que confirmam a regra, são contrários à política de frente ampla. E tiveram êxito considerável em sua política de frente estreita nas eleições de Recife e São Paulo. Duas batalhas estratégicas.
Em Recife, a vitória de Marília explodiria a Frente Popular, uma construção histórica complexa que reuniu em torno da candidatura de João Campos o PSB, PCdoB, PDT, MDB, PP, Rede, PV, PROS, Avante, Republicanos e PSD.
Em São Paulo, a vitória de Boulos empurraria o PSDB na direção contrária à da unidade entre esquerda, centro e direita democrática. De quebra, daria a Bolsonaro o presente de colocar na Prefeitura de São Paulo uma Maria Luiza Fontenele de barbas.
Mas, com a graça de Deus e a ajuda dos amigos, tais ameaças foram debeladas.
No cômputo geral, as forças sensíveis à unidade antifascista avançaram e o cenário advindo das urnas tornou-se mais favorável à construção da Frente Ampla.
Moderadamente mais favorável, como diriam os chineses em sua milenar sabedoria.
A REDAÇÃO