A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA) protocolou no Ministério do Trabalho pedido para uma audiência para debater a garantia do emprego dos trabalhadores da BRF, após nova fase da operação Carne Fraca, iniciada na semana passada. “Nós queremos transmitir uma certa tranquilidade a esses trabalhadores”, disse o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, que protocolou o ofício na terça-feira, 13, e que agora aguarda o agendamento da reunião com o Ministério.
Bueno afirmou que informou a BRF sobre tal preocupação durante reunião com representantes da companhia na véspera. “Isso é um problema da gestão…os trabalhadores não podem pagar”, afirmou, Artur, que disse estar pedindo a sindicatos e federações que também trabalhem nas suas regiões sobre a garantia de emprego. “É preciso uma ação conjunta.”
No início do mês, a Polícia Federal chegou a prender temporariamente o ex-presidente da BRF, Pedro Faria, e a Justiça determinou a prisão de outras 10 pessoas em nova fase da operação que investiga irregularidades na análise sanitária de produtos alimentícios.
As exportações nas fábricas da companhia em Rio Verde (GO), Carambei (PR) e Mineiros (GO) foram suspensas para 12 destinos onde são exigidos requisitos sanitários específicos de controle e tipificação da bactéria Salmonella spp, entre eles África do Sul, Coreia do Sul e União Europeia.