O Brasil registrou o maior número de mortes diárias pela Covid-19 nesta terça-feira (23) com 3.251 novas mortes nas últimas 24 horas. O país totaliza 298.676 mortes e se aproxima da triste marca de 300 mil óbitos pelo coronavírus.
Os dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) contabilizam um total de 82.493 novos casos confirmados, elevando o total de confirmações para 12.130.019 infectados pela Covid-19.
Os números desta terça elevaram as médias móveis de casos e de mortes para novos patamares recordes. A média móvel de casos subiu para 76.545 confirmações em média por dia, enquanto a média de mortes passou para 2.436 óbitos por dia.
Recordes de mortes nas últimas duas semanas:
• 16 de março de 2021: 2.842
• 19 de março de 2021: 2.815
• 17 de março de 2021: 2.648
• 10 de março de 2021: 2.286
• 11 de março de 2021: 2.233
• 12 de março de 2021: 2.216
O recorde desta terça-feira, demonstra o agravamento da situação de caos em todo o país. Somente o Estado de São Paulo registrou 1.021 mortes pela doença nas últimas 24 horas, também alcançando um novo recorde.
Rio Grande do Sul e Paraná ultrapassaram os 300 óbitos registrados hoje.
O novo recorde de mortes acontece no dia em que o governo Bolsonaro formaliza Marcelo Queiroga como seu quarto ministro da Saúde. Ele tomou posse nesta terça-feira (23) em cerimônia discreta no Palácio do Planalto.
Eduardo Pazuello foi exonerado do cargo, mas deve permanecer em Brasília. Bolsonaro avalia criar um novo ministério para garantir foro privilegiado a Pazuello após a sua criminosa condução na pandemia.
A situação da pandemia ainda deve se agravar no Brasil no próximo período. Praticamente todos os estados veem o colapso dos seus sistemas de saúde. Com UTIs lotadas e uma evidente crise de abastecimento de medicamentos para intubação e de oxigênio. No Distrito Federal, o estoque de remédios para as UTIs já acabou.
Segundo admitiu o governo federal, em ao menos 6 estados, a falta de oxigênio para pacientes já é crítica.