O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto), recuou 0,56% em janeiro sobre dezembro, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (19).
O IBC-Br de janeiro vem acompanhado do resultado negativo da produção industrial de -2,4%; do setor de serviços que caiu -1,9% e do varejo que oscilou em torno de zero (0,9%). E sinaliza que as expectativas anunciadas pelo governo federal – de crescimento de 3% da economia em 2018 – provavelmente não se cumprirão, especialmente porque o dado acompanha (e é consequência) de uma política recessiva e entreguista.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, rebateu as análise de que o crescimento de 2018 havia “subido pelo telhado” após a divulgação do IBC-Br com seu habitual cinismo.
“O resultado de janeiro foi um ajuste natural e mantemos nossa projeção de crescimento de 3% para este ano”, disse Meirelles da Argentina.
Para o ministro, o crescimento de 1% do PIB no ano passado foi um indício de “forte recuperação”, quando, ao contrário disso, representa um avanço pífio considerando todas as perdas desse período recessivo.
Não é à toa que essa “recuperação” do resultado do PIB foi puxada quase que exclusivamente pela atividade agropecuária (que cresceu 13% no ano passado), enquanto a indústria cresceu zero e os serviços, 0,3% (o que é a mesma coisa que zero).
Utilizado como parâmetro de avaliação da atividade econômica durante os meses, o IBC-Br tenta “antecipar” o resultado do PIB considerando dados preliminares da agropecuária, indústria, serviços e também os impostos. O cálculo do PIB, que é mais completo, é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir da soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e adiciona a esses dados o consumo das famílias, consumo do governo, exportações e importações.