Na comparação com a sondagem anterior, de julho, a taxa de ruim ou péssimo oscilou de 59% para 61%. Quem avalia como ótimo ou bom também teve oscilação negativa, passando de 26% para 24%. Em um hipotético 2º turno nas eleições de 2022, Lula, Ciro e Mandetta venceriam Bolsonaro
Nova pesquisa que afere o desempenho do presidente da República, realizada entre 30 de agosto e 4 de setembro, e divulgada nesta quarta-feira (7), pelo Instituto Atlas, mostra que 63,8% dos brasileiros desaprovam a ação de Bolsonaro frente ao governo.
Aprovam, 32%. O que, a bem da verdade, não é pouca coisa diante do vazio do governo Bolsonaro. É um deserto de ideias e iniciativas. Não souberam responder 4,1%.
Na comparação com a sondagem anterior, de julho, a taxa de ruim ou péssimo oscilou de 59% para 61%. Quem avalia como ótimo ou bom também teve oscilação negativa, passando de 26% para 24%. A taxa de regular passou de 15% para 14% e 1% não soube responder. A desaprovação também oscilou negativamente dentro da margem de erro, passando de 62% em julho para 63,8% agora.
A margem de erro é mais ou menos 2% com nível de confiança de 95% para os indicadores associados à totalidade da amostra. Responderam ao questionário 3.146 pessoas.
Quanto à avaliação do governo, é ruim ou péssimo para 61,2% dos brasileiros. Acham que é ótimo ou bom, 23,9%. É regular para 13,5%. Não soube responder, 1,4%.
PIORA DA AVALIAÇÃO SE ACENTUA
Quando a pesquisa começou a ser feita, em janeiro de 2019, Bolsonaro tinha 39% de ótimo ou bom, 30% de regular e 23% de ruim ou péssimo. A piora da avaliação se acentuou em meados do ano passado e coincide com o avanço da pandemia de Covid-19 e a deterioração do quadro econômico.
“A tendência continua sendo de deterioração. No entanto há um núcleo-duro do bolsonarismo que continua muito resiliente e essa tendência de erosão será cada vez mais lenta”, afirma o cientista político Andrei Roman, CEO do Atlas Intel.
PRESIDENCIÁVEIS
A pesquisa também aferiu a imagem dos presidenciáveis a 2022. Para 46%, Lula tem imagem positiva. Mas fica em déficit, ainda que na margem de erro, pois para 48% ele tem imagem negativa.
Bolsonaro é visto negativamente por 63% dos brasileiros; e 35% o avaliam positivamente.
Ciro Gomes é visto positivamente por 32% dos brasileiros e 47% têm imagem negativa dele.
INTENÇÃO DE VOTO
Pela pesquisa, no 1º turno, 40,6% votariam em Lula; 34,5% em Bolsonaro; 7,8% em Ciro; e 3,1% em Doria.
A pesquisa mostra três cenários, no 1º turno, e Lula venceria nos três.
No 2º turno, Lula, Ciro e Mandetta venceriam Bolsonaro, com mais ou menos folga, respectivamente, pelos seguintes percentuais: 52,5% a 35,9%; 46,3% a 36,1%; e 45,6% a 36,7%.
DEMOCRACIA COMO SISTEMA PREFERENCIAL
A pesquisa inovou diante dos ataques à democracia comandados pelo presidente Jair Bolsonaro, que por razões políticas e institucionais, deveria ser o primeiro e mais fiel defensor da democracia e das instituições que a sustentam.
São a favor da “democracia como forma de governar o Brasil”, 84% dos brasileiros. Um sistema político não democrático é defendido por 6% e não souberam responder 10%.
Para 75,6%, a democracia está em risco ou está ameaçada por Bolsonaro. Não veem assim, 14,8%. E 9,6% não souberam responder.
esse povo patético ,que elegeu bolsonaro por ódio ao Lula, não enxerga que os ricos, os donos dos meios de produção, jamais farão qualquer coisa para ajudar o pobre, e sim afundá-lo cada vez mais.
O problema, leitor, é que não vamos conseguir derrotar Bolsonaro sem ganhar a maior parte de quem votou nele – o que, aliás, vem acontecendo. As pessoas aprendem com sua própria experiência. Sobretudo com as experiências ruins.