70% do faturamento da empresa vem das chamadas emendas do relator. Só ela e uma outra empresa de fachada participam das licitações do governo. E Bolsonaro insiste na mentira que não há corrupção no governo
As transferências para a construtora Engefort se transformaram num verdadeiro “dinheiroduto” por onde são escoadas as verbas bilionárias do “orçamento secreto” de Bolsonaro. A empresa, segundo o jornal O Globo, teve um crescimento meteórico no governo do “mito” e conseguiu que 70% de todo o seu faturamento venha das licitações determinadas pelo Planalto em conluio com seus apoiadores no Congresso Nacional.
Jair Bolsonaro vive dizendo que não há corrupção em seu governo, mas o que não há mesmo é investigação da roubalheira que está tomando conta dos ministérios em Brasília. Desde que assumiu o Planalto, o chefe do governo iniciou uma perseguição a todos os órgãos de combate à corrupção. Não só aos órgãos, como a qualquer um que denuncie corrupção em seu governo. Vide o servidor que denunciou a roubalheira na compra da Covaxin. Foi exonerado, ameaçado de morte e hoje tem proteção e se esconde fora do país.
Bolsonaro perseguiu o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeira), que denunciou o assalto de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Foi assim também com a Receita Federal, que rastreou os bens do filho do presidente e detectou lavagem de dinheiro com a compra e venda de imóveis, com funcionários fantasmas em seus gabinete, com a loja de chocolate da Barra e até com a milícia do Rio das Pedras.
Para poder promover o assalto aos cofres públicos sem ser incomodado, Bolsonaro Indicou Augusto Aras para a PGR. Seu objetivo é que o órgão não investigue nada. Se não bastasse tudo isso, ainda tentou aparelhar a Polícia Federal.
Na semana passada, o país ficou conhecendo mais um escândalo de corrupção no governo Bolsonaro. Foi o esquema montado por Bolsonaro no Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE). Só era liberada a verba para os municípios mediante o pagamento de propina que podia ser em dinheiro direto, em barras de ouro – no total de um quilo – , ou em compra de milhares de bíblias produzidas por um dos pastores.
Foi o próprio ministro da Educação, Milton Ribeiro, que acabou caindo, que confessou, num áudio vazado, que os pastores tinham sido colocados no ministério por Jair Bolsonaro.
Agora é a Engefort que está dominando praticamente sozinha a maioria das licitações de pavimentação de asfalto no governo Jair Bolsonaro. Dos R$ 396 milhões destinados à empresa, o segundo maior valor em 2021, R$ 272,3 milhões foram indicados via emenda de relator, formato no qual os autores das destinações do dinheiro público não são identificados.
A empresa nunca havia sido contratada antes do governo Bolsonaro para obras públicas e passou a ser a preferida da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estatal dominada pelo Centrão e ligada ao Ministério do Desenvolvimento Regional.
As negociatas são feitas com concorrências fraudulentas. Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, a empreiteira foi a vencedora da maioria das concorrências de pavimentação do governo Bolsonaro, geralmente participando sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu na segunda-feira, dia 11, que a corte de contas monitore as obras.
Confirmando que os bolosnaristas do Congresso Nacional seguem burlando as determinações da Ministra Rosa Weber, do STF, de colocar um ponto final na aberração do orçamento secreto, dos R$ 272,3 milhões repassados via emendas do relator, apenas R$ 26,6 milhões tiveram seus autores identificados. Na lista de padrinhos dessas emendas de relator da Engefort, estão ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União-AP), o senador Angelo Coronel (PSD-BA), e os deputados Juscelino Filho (União-MA), Margarete Coelho (PP-PI).
Pq esta construtora Engefort ainda nao esta’ nos holfotes da midia? Kd o governo que nao tem corrupcao ? Kd a oposicao ? Tem concluio com os corruptos? Vergonhoso.