Combustível fornecido pela Petrobrás acumula aumento no ano de 64,3%, segundo associação de empresas aéreas
A direção da Petrobrás, com o aval do governo, aumentou mais uma vez neste ano o preço do querosene de aviação (QAV). O reajuste foi de 11,4% no preço do combustível, em relação a maio. O querosene de aviação acumula alta de 64,3% no ano, segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), divulgado nesta quinta-feira (2).
O QAV representa mais de um terço dos custos totais das companhias aéreas, que repassam esses custos nas passagens dos consumidores.
No acumulado de 12 meses até maio, o valor das passagens aéreas subiu 89%, segundo dados do IPCA-15 (prévia da inflação medida pelo IBGE), hoje em 12,2%, para o mesmo intervalo de tempo.
Embora o Brasil produza mais de 90% do querosene de aviação que utiliza, o governo Bolsonaro mantém na Petrobrás a política de atrelar os preços internos dos combustíveis ao dólar e ao barril de petróleo, chamada de PPI.
Em 2021, o país produziu 93% (ou 4,1 bilhões do consumo total de 4,4 bilhões de metros cúbicos) do QAV consumido e importou apenas 7%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).
De acordo com a Abear, o preço do QAV no Brasil chega a ser 40% superior em comparação com a média global.