O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) admitiu, nesta quarta-feira, 24, durante sabatina no portal G1, problemas em contratações de pessoas para projetos do Centro de Estudos e Pesquisas do Estado (Ceperj).
As contratações do Ceperj são investigadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, pois cerca de 18 mil pessoas foram contratadas pelo órgão com a autorização para receberem seus salários na boca do caixa, com ordem bancária, ou por meio de recibo de pagamento autônomo (RPA), sem terem seus nomes divulgados ou publicados no Diário Oficial.
O esquema, que ficou conhecido como ‘escândalo dos cargos secretos’ é investigado sob a suspeita de que os cargos na Ceperj foram usados para apadrinhados políticos de Castro fazerem articulações políticas com dinheiro público.
Castro chama o esquema de “erro de poucos” e diz que ele “está prejudicando milhares de pessoas”.
Cláudio Castro afirmou que dentro de 15 dias vai apresentar o nome de todas as pessoas contratadas pelo Ceperj que cometeram irregularidades.
“Eu não neguei em momento algum que tem problema. Tem problema sim, e a gente tem que punir quem errou. Eu me comprometo que em 15 dias nós vamos entregar um relatório com todas essas pessoas que erraram. Eu vou mandar um PAD e enviar todas essas pessoas para o Ministério Público”, prometeu o candidato.
Em junho, uma reportagem do UOL revelou uma planilha elaborada pela Secretaria de Trabalho implica diretamente Castro no escândalo.
O documento recebeu o nome de “governador” e tratava do orçamento para 9 mil cargos secretos. Após a revelação, o governo chegou a colocar o documento sob sigilo, mas voltou atrás.
Outros programas com cargos secretos também tiveram pagamentos significativos por meio do mesmo tipo de código.
A Ceperj usou um código genérico no sistema orçamentário do Rio de Janeiro para esconder R$ 284 milhões em pagamentos a funcionários que participaram neste ano de projetos do órgão.