Cerca de 10 mil se manifestaram diante da embaixada israelense em Paris, nesta segunda-feira 27, para expressar a repulsa ao ataque incendiário israelense que resultou na carbonização de 45 civis palestinos
Palavras de ordem contra a barbárie comandada por Netanyahu ecoaram pelo centro da capital francesa. “Nós somo todos filhos de Gaza!”, “Gaza, Paris está contigo!” e “Libertem Gaza!”. Os manifestantes também pediram por cessar fogo já.
Os protestos contra o morticínio israelense no acampamento incendiado em Rafah, que assassinou 50 pessoas, foram convocados pela Associação Solidariedade França-Palestina. “Um massacre já é muito”, disse Fracois Rippe líder da organização.
“Eles começam um incêndio em um campo de deslocados, queimam pessoas e nós (a França) nem convocamos o embaixador israelense para pedir explicação. Isso é inaceitável”, declarou Rippe ao jornal ‘Le Figaro’.
Nas redes sociais, imagens de corpos queimados e de crianças desmembradas pelos ataques israelenses evidenciam os crimes genocidas cometidos pela invasão de Israel a Gaza.
Um dos manifestantes segurava um cartaz com as fotos dos presidentes Joe Biden e Emmanuel Macron e o primeiro ministro Benjamin Netanyahu com o slogan “é a humanidade que eles estão assassinando”.
Políticos franceses também expressaram repúdio aos crimes cometidos por Israel.
“O abominável massacre nas tendas do campo de refugiados em Gaza resume os assassinos deste exército de criminosos de guerra e seus líderes”, denunciou Jean-Luc Mélenchon, ex-deputado da Assembleia Nacional francesa. Ele descreveu o ataque a Rafah como “horripilante”.
“Este chamado ‘incidente’ é o assassinato de dezenas de civis, alguns dos quais foram queimados vivos após o incêndio nas tendas do campo de refugiados,” escreveu Thomas Portes, deputado do partido opositor França Desafiadora, na rede social X.
“Aqueles na França que continuam a se recusar a sancionar Israel e a impor um embargo de armas nesta noite têm sangue nas mãos”, disse.