Depois de atrasar a libertação dos prisioneiros da Resistência Palestina, em nova violação do acordo de cessar-fogo, regime de Netanyahu, sob pressão, solta os palestinos
Depois de colocar em risco o acordo mais uma vez, o regime israelense liberou 110 prisioneiros palestinos ao final desta quinta-feira, dia 30.
Muitas horas antes, três israelenses e cinco trabalhadores tailandeses haviam sido liberados, com as forças da Resistência em Gaza cumprindo a sua parte no acordo.
O pretexto usado, desta vez, por Netanyahu para ameaçar o acordo foi a demonstração de milhares de palestinos na localidade de Khan Yunes, em Gaza, cercando, sem causar dano, os israelenses no momento de sua liberação através da entrega à Cruz Vermelha.
O regime israelense fez essa acusação logo depois de, nos momentos anteriores de liberação de palestinos, haver invadido lares e ameaçado familiares, amigos e companheiros de luta palestinos, de festejaram a libertação dos compatriotas.
Dos palestinos liberados, o mais destacado é Zakaria Zubeidi, líder do Fatah (partido de Yasser Arafat).
Outra liderança é Abu Warda, dirigente do Hamas na Cisjordânia. Ambos são da cidade de Jenin, berço de revoltas contra a ocupação, e que nos últimos dias tem sido o alvo principal dos ataques provocativos de Netanyahu, com mais de 10 palestinos assassinados.
Uma parte dos palestinos agora liberados recorreram à luta armada no processo das lutas de libertação nacional da Palestina, que o governo e a mídia israelense, assim como a mídia ocidental predominante qualificam de “terroristas”.
Uma total inversão, pois as acusações contra estes combatentes palestinos parte daqueles que aprisionam 10 mil lutadores pela causa nacional palestina e acabam de assassinar e ferir 150 mil na Faixa de Gaza, privando dois milhões de água e alimentos, destruindo mais de 90% das residências. Ou seja, os maiores terroristas do Oriente Médio se arrogam em assim qualificar os que lutam contra a opressão mantida por meio do terror de Estado.
Uma resistência imparável que enfrenta uma ocupação “sufocante” por mais de 76 anos, como argumentou, a favor dos que resistem, o moderado secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.